Se pensarmos na vida como um caminho, imaginemos que temos um percurso a percorrer (e o destino nos levará exatamente para o fim deste caminho que culmina na morte) e que neste percurso temos que levar uma bagagem (que já está carregada com coisas que trazemos de outras vidas).
Na bagagem temos um certo peso (que suportamos carregar) de acordo com as nossas escolhas, se por exemplo preferimos carregar nas costas responsabilidades de outras pessoas, o tempo vai nos encurvando e cansaço natural nos fadigando, se escolhemos ser amargos ou pessimistas, atraímos tristezas e maledicências, se decidimos agir mal com nós mesmos (pelos vícios e desvios de personalidade) ou com os outros, a lei do retorno (uma grande premissa da doutrina espírita) nos devolve os frutos do nosso plantio, mas o certo é que trazemos conosco algumas bagagens.
É a explicação para filhos que são criados longe dos pais biológicos e deles herdam costumes e trejeitos, ou mesmo para os dons de alguns que se contrapõem aos demais da família, ou mesmo o hábito inexplicável de algumas pessoas que destoam do seu aprendizado, é a criança que cresce ladra no meio de pais honestos, ou o inteligente que se destaca numa família ignorante ou o contrário, o patinho feio da família de lindos cisnes, resquícios de outras vidas.
A nossa bagagem espiritual explica antipatias ou simpatias gratuitas por pessoas que vimos pela primeira vez (encontros bons ou ruins de outras vidas), ou mesmo ódios mortais inexplicáveis, tristezas natas também gratuitas, coisas que a racionalidade prefere entender como ?natureza individual do homem?.
E o nosso aprendizado desta vida, pela lei natural da evolução (outra importante premissa do espiritismo), vai nos inserir mais bagagem para a vida espiritual, que levaremos para o túmulo desta vida para renascer em outra.
O aprendizado que vamos acumulando vai nos acalmando o coração e se antes nos cobrávamos perfeição, beleza, inteligência, astúcia, coragem, força, vamos nos tornando mais benevolentes ao longo da vida e construindo o caminho do aprendizado, que nos impulsiona, naturalmente, para a evolução.
Semana passada falei sobre a espiritualidade, para ler o artigo clique aqui.
E o tema de hoje é a evolução do que entendemos por ?destino?. Se você gosta de falar sobre as explicações sobre a nossa existência que buscamos ao longo da vida, continue comigo para a próxima semana, quando adentraremos no espiritismo e nas manifestações sobrenaturais, tão comuns a tanta gente (mais do que imaginamos!), acréscimos que vamos colocando na bagagem que trazemos de outras vidas.
Forte abraço no seu coração.
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