Há 30 anos eu já escrevia e falava de coisas da vida com o olhar de poesia, em 1988 escrevi um poema sobre a paz no jornal da cidade em que vivia, A Fronteira, e hoje revendo meus guardados antigos me deparei com alguns escritos que nem me recordava mais.
Com apenas 15 anos eu já falava de coisas da alma e aos 17 assim escrevi:
Vida, quero viver todos os seus momentos, com seus encantos e com seus prantos e ficar ao relento, porque não existe visão que me previna as dores do coração.
Mas vida, ao final de tudo eu saberei se criei ou se copiei algo já construído e se não tiver vivido, apenas passado pela vida, de nada importará se eu me fiz ser ou se fui o que me fizeram...
(18/05/1990).
Ao encontrar meu caderno perdido, onde tantas vezes escrevi com o coração coisas que nunca foram lidas, percebi que meu único caminho seria mesmo ser escritora, porque dentro de mim mora um anjo, um anjo que chama solidão e que só cala, mesmo em meio a multidão, com o silêncio das palavras não ditas, apenas escritas...