Algumas pessoas não gostam do que fazem e trabalham como simples soldados, no aguardo de ordens, desejando o fim de seus expedientes para o retorno as suas vidas.
Triste sina, vez que se não compreenderem que o seu trabalho faz parte da sua vida, perderão a ?maior parte dela, desperdiçando o seu tempo e esforços?. A grande maioria das pessoas passará a vida, percorrerá todo o caminho, sem se importar com isso .
Falo aqui para as pessoas que se importam, que querem ser felizes com o que fazem (elas sempre farão as mesmas coisas, melhor que as pessoas infelizes e ai o segredo dos ?bons?, felicidade, satisfação com o que fazem).
Cito aqui para ilustrar o que pretendo despertar em você, dois exemplos bem atuais na minha vida:
O primeiro exemplo, o da minha empregada doméstica, meu braço direito por mais de uma década. Tentei dar a ela num certo momento a oportunidade de trabalhar parte de seu tempo no meu escritório, digitalizando documentos, agendando pagamentos, atendendo telefonemas.
Durante um tempo ela tentou, eu ouvia no escritório os seus suspiros de incontentamento e percebia que ela não era feliz, não queria aquilo. Resultado voltou para a sua função de secretária do lar em tempo integral e como fazia isso bem! Era o que gostava, vivia cantando e ouvindo as novelas da tarde no seu celular, era isso que queria, isso que a fazia bem, trabalho físico, mente leve e pagou o preço de ganhar menos para fazer o que gosta.
O segundo exemplo que quero registrar, é de um senhor que trabalha fazendo limpeza pós obra e que divulga com orgulho ?desencardir sua casa? como se você a tivesse reformado, trocado o piso.
Fiquei observando esse senhor de meia idade, quando o recebi para contratar seus serviços. O que vi muito me agradou, pois refletiu uma pessoa feliz que gosta demais do que faz.
Ele não queria (ou não pôde) estar em outro lugar fazendo outras coisas, mas se dedicou tanto, aprendeu tanto sobre o seu ofício que isso o tornou muito bom, diferenciado e dentro da sua simplicidade, o quão feliz ele é!
Passei momentos analisando esse homem, sua face refletia a felicidade, sua atuação denotava imenso carinho pelo serviço, a pretensão de sucesso se apegava aos resultados e a fotografia de seu telefone particular era dele segurando um rodo e uma vassoura, com um lindo sorriso de satisfação.
Não pude deixar de falar desses dois exemplos para enfatizar o quão importante é ?gostar do que se faz?. Mas também não posso deixar de dar uma dica infalível: tente aprender o que faz, descobrir porque faz, participar do procedimento questionando-o (isso te oportunizará inclusive, sugerir alterações, melhorias, passando da situação de estático para dinâmico), aprendendo. Isso certamente contribuirá para a sua satisfação com o que faz, considerando que quem não sabe o que faz, como regra, não gosta do que faz.
Uma outra boa dica nesse item, é que tenha à sua mesa, um calendário de imagens bonitas para as quais você possa olhar todos os dias sem que sequer perceba ou um livreto de mensagens cotidianas, pra abrir quando sentir vontade e refletir por minutos, seu espírito se aliviará da maçante rotina quando perceber algo bom e familiar ao redor.
Arrumar a sua mesa do seu jeito, mantendo nela o seu material, as suas coisas familiares, ter por perto pequenas coisas que te preservam hábitos saudáveis como uma garrafinha de água ou do suco que mais gosta, um álcool gel ou um creme que higieniza a sua mente nos rápidos segundos que te tiram da rotina para simplesmente ?cuidar das mãos? ou um amuleto que te de sorte (eu mantive por mais de uma década em minha mesa de trabalho a miniatura de um ursinho que ganhei de uma colega quando entrei no serviço público, achava que me dava sorte, me protegia do ?mal?, e como me foi útil por todo esse tempo[1]!
Sendo assim, essa regra do sucesso para um bom processo, traduz a verdadeira regra regente de nossas vidas. Gostar do que faz, você nem sempre vai poder fazer o que gosta, mas pode aprender a gostar do que faz, sendo de grande utilidade esse sentimento, que vai traduzir felicidade em todos os âmbitos de sua vida, dando satisfação ao seu dia, levando brilho para os que o rodeiam, e, o mais importante além do reflexo que esse gostar do que faz trará para o processo, tornando-o bom no que faz, vai oportunizar a você que consiga sentir prazer em sair todos os dias de sua semana, para um lugar popularmente chamado de ?trabalho? a ponto deste lugar não significar para você um sacrifício.
Seja leve, compreenda que é mais inteligente da sua parte não tentar mudar a pessoas, mas sim, mudar você mesmo. Assim você estimulará o próximo e com bons exemplos seus colegas de sala irão mudar, se melhorar, é uma consequência irreversível.
Outra dica que registro, de grande importância para mim (e de imensa problemática para alguns), é: não tenha medo de errar, erre. As pessoas muitas vezes perdem grandes oportunidades porque ficam debatendo situações, tentando provar (inutilmente), que tem razão. Eu, graças a Deus, já aprendi a muito (e ensino isso insistentemente, aos meus filhos), que definitivamente não importa brigar para ter razão, ganhar sempre, para quê?
Tantos colegas vejo perderem tempo (e longo tempo) na tentativa de provar que estão certos, que tem razão. Ora, quem tem razão ou está certo, o tempo dirá (nada melhor que esse nosso aliado, o tempo) e a dificuldade do embate, a polemização, nem sempre (ou quase nunca) valem a pena, pois, na maioria das vezes, nada se ganha em estar com a razão e quando se ganha, pode-se perceber (numa análise mais profunda) que a ?briga? não valeu a pena.
Por isso sugiro, procure gostar do que faz, encontre motivos e macetes para isso, porque é isso (e só isso no final da trajetória) que terá efetivamente valido a pena, ter passado pelo trabalho (assim como pela vida), feliz.
Convido você, meu amigo virtual, a defender comigo a ideia de felicidade, de persistência no seu alcance, por gostar do que faz, isso vai garantir o seu sucesso no trabalho seja qual for a sua função, mas, acima de tudo, vai garantir o seu diferencial, e se esta regra, por nenhuma das minhas dicas for possível, então procure outra função onde você seja feliz, ou continue fazendo o que faz (se não houver outra possibilidade), mas procure uma função paralela que te dê satisfação, onde você não seja simplesmente, mais um.
Abraço no seu coração!
[1] Um dia eu descobri que Nossa Senhora da Aparecida era minha protetora, mesmo sem eu saber, ai substituí o ursinho por uma miniatura da imagem dela, achei incompatível as funções dos dois para mantê-los juntos!)