Pense no seu grau de crença na ciência em relação a experiência de vida (ao que nos ensinam os mais velhos), ou da sua exigência de perfeição em relação às atitudes do próximo.
Avalie o quanto você acha esse lance de amor ao próximo ?perda de tempo? (que dar comida para o cachorro de rua vai incentivá-lo a não mais sair de perto); procure mensurar quanto tempo você já parou para pensar nos sonhos (ou se nem se lembra deles quando acorda). Pense na sua ideia de paz interior, autoconhecimento, benevolência, no quanto acha que isso é besteira de quem não tem o que pensar, ou mesmo no quanto já parou para pensar nisso.
E quanto a natureza? Você já conversou com as plantas? Pense no quanto você já achou uma flor, um horizonte ou uma árvore linda.
Teve um tempo em que você viu uma estrela cadente ou um animal desenhado em uma nuvem?
Para medir o seu grau de espiritualidade, avalie o quanto você acredita em anjos, pense se você chora quando vê um filme emocionante ou se alguma vez você já parou para ajudar alguém a fazer algo bem simples, só parou...
E para ouvir as pessoas você tem um tempo? Você já falou bom dia para o dia, só para o sol mesmo, porque achou ele lindo?
Uma cachoeira ainda te encanta? O que dizer do mar então? Há quem acredite que ele lava a alma de energias ruins acumuladas e que renova os dias para outra temporada do destino.
Se você quer medir o seu grau de espiritualidade isso tem que te importar realmente, tem que te dizer alguma coisa sobre você mesmo, sobre o caminho que percorreu até aqui e de alguma forma te ajudar a se ver refletido no que você fala, na maneira como se veste ou mesmo na forma de arrumar, se preocupa com a sua casa ou com o ambiente que te rodeia tem que ser importante para ti. E, sobretudo, a sua casa interna tem que combinar com aquela que você mora, tem que refletir o seu jeito.
Por fim, evolua para a alma, para o que você pensa sobre ela e sobre a livre-escolha que as pessoas tem (e que muitos chamam por livre arbítrio); em seguida pense no que você acha da vida após a morte (você acredita que existe vida após a morte?). Pense em tudo isso com calma, tranquilo e você mesmo medirá o seu grau de evolução nas coisas espirituais.
Se você quer medir a sua espiritualidade, pense no quanto o mundo a sua volta te importa, se questione se te incomoda jogar lixo pela janela do carro ou no quanto você é capaz de discutir para provar que tem razão.
Analise se os seus caminhos precisam ser sempre os mesmo ou se tudo precisa, o tempo todo fazer sentido, ser explicado. Pense se coisas simples ainda te encantam ou se nem mais uma viagem ao redor do mundo te dá àquela sensação de conquista, ou, se as vezes algo te impede de demonstrar isso para as pessoas (mas a felicidade pela conquista está ai, em algum lugar).
Será que a alegria com essa viagem vai depender de até onde você já foi ?no mundo?, assim como a viagem para a praia todos os anos perde um pouco da emoção depois de um tempo?
A resposta para essa pergunta ?o quanto você é espiritualizado? tem que te fazer sentido, tem que te dar um pouco daquilo que a gente corre atrás o tempo todo, essa tal felicidade, senão será apenas uma razão sem qualquer razão, dessas que não vale nem um pouco a pena, ao menos por hoje.
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