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SER QUE O CASAMENTO PODE SOBREVIVER A TANTAS TRAIES?


Vivi uma mulher linda, mas casou-se muito jovem e o casamento foi se tornando uma ?mesmice?. O marido sempre lhe proporcionava ?do bom e do melhor?, rico e muito ocupado (homem de negcios), nunca ligou muito para a famlia.


No comeo ela tentou acompanhar seu ritmo de vida, se arrumava e passava semanas fora de casa, acompanhando a sua rotina de negcios entre as fazendas. Quando os filhos nasceram (o segundo um ano aps o primeiro), ela decidiu ficar mais em casa, tinha tudo, babs, enfermeiras, motorista, mas viajava de frias sempre sozinha com os filhos (isolada na redoma de ouro ao seu entorno) e sem marido.


Acostumou-se aos comentrios dos empregados e da sociedade em que convivia, onde todos viam o seu marido como um Deus e nesse caminho vrias amantes chegaram e partiram sem que ela nada pudesse fazer.


Desmotivada, engordou 10 quilos sem nem perceber e passou a sentir vergonha de acompanhar o marido nas festas sociais que precisava ir, aos poucos abriu brecha para uma secretria mais esperta que as anteriores e ver o marido se tornou cada vez mais raro.


Uma tarde, pensando em como faria para sair dessa situao e se questionando sobre como chegara at ali, contrariando os empregados que a cercavam, calou um tnis, prendeu os cabelos e resolveu sair sozinha dirigindo seu prprio carro para caminhar num parque.


Observou as rvores floridas do caminho, os pssaros que apareceram aos montes e de repente sentiu-se imensamente cansada, parou de frente para um banco, o parque estava vazio, no era hora habitual de caminhada, ento resolveu deitar e olhar o cu. Pensou em quanta beleza havia no mundo e no quanto ela estava isolada da felicidade, achou que j nem sabia o que era felicidade. Ento, deitada sozinha, comeou a chorar e nem percebeu quando adormeceu.


 Surpreendeu-se ao ver um senhor que aparentava uns 60 anos sentar-se ao seu lado, ele era tranquilo e lhe transmitia muita paz. O homem lhe perguntou porque ela chorava, ento Vivi comeou a contar-lhe dos sonhos que tinha quando adolescente e que nunca pensou em casar-se com um homem rico, mas que apaixonou-se pelo marido desde o primeiro encontro e que no sabia quem ele era, contou-lhe que ali naquele parque ela aceitou o convite para caminhar novamente com ele no dia seguinte e que marcaram todos os dias da prxima semana para caminharem no mesmo lugar.


Vivi falou do marido mais jovem, ele parecia ter uma ansiedade muito grande para o trabalho, queria desbravar o mundo, mas como era carinhoso! Ele foi se aproximando devagar e quando ela menos esperou a pediu em namoro e seis meses mais tarde foi falar com o seu pai (que havia faleceu cinco anos aps o casamento), um homem srio e carrancudo que superprotegia a filha. Vivi suspirou ao lembrar que quando o pai a foi levar na igreja, 18 anos antes, perguntou-lhe antes de entrarem: _ TEM CERTEZA QUE ISSO MESMO QUE VOC QUER?


Vivi contou que nunca teve dvidas, que amou o marido e tentou se encaixar no seu mundo desde o primeiro dia e que foi se adaptando quele mundo, mas confessou no saber onde e nem quando se perdeu de si mesma e que agora no se considerava uma mulher feliz.


Foi quando o senhor de meia idade se levantou, colocou a mo na cabea sua cabea e ela parou de chorar e se acalmou, ento ele lhe convidou para dar uma volta no parque.

Vivi conta que hesitou em andar, pois se sentia cansada, mas no resistiu ao convite do estranho que lhe parecia to familiar.


O passeio foi uma experincia incrvel e o sol refletido na lagoa nunca pareceu to lindo antes, ela sentia-se como se estivesse flutuando, podia ver a cidade, os pssaros e at um casal de namorados que fazia piquenique longe dali, sentia uma energia to grande saindo de dentro do peito e ento o estranho lhe falou: _ MENINA VOC LINDA, TEM MUITAS PESSOAS QUE TE QUEREM BEM E TE OBSERVAM DO LADO DE L, MAS EM ESPECIAL TEM UMA PESSOA QUE ME PEDE PARA TE PERGUNTAR: VOC TEM CERTEZA QUE ISSO QUE VOC QUER?


Vivi parou imediatamente de andar ou flutuar no entendia bem, foi quando percebeu que o homem falava com a voz do seu pai e ela perguntou: _ PAI VOC?


O senhor que a acompanhava ento lhe respondeu: _ SIM MINHA QUERIDA VIVIZINHA (era assim que o pai a chamava), SOU EU, O SEU PAI, E HOJE VOC DECIDIU DAR O SEU PRIMEIRO PASSO PARA UMA NOVA VIDA, SAIU DE CASA SOZINHA, FEZ ALGO QUE QUERIA E VEIO AT AQUI, ENTO EU PUDE VIR AT VOC PARA LHE DIZER QUE VOC MUITO MAIS DO QUE ISSO E QUE MERECE SER FELIZ, VOC LINDA E ABENOADA, BASTA VOLTAR PARA A CASA E DECIDIR QUE VOLTAR A SER A MENINA FORTE QUE UM DIA FOI. CUIDE DE VOC MESMA, NO DEIXE QUE SUA FELICIDADE DEPENDA DE OUTRA PESSOA, FAA ALGUMA COISA POR SI MESMA.


Vivi ento abraou aquele homem, mas o abrao durou muito pouco, o suficiente para sentir-se abraada pelo saudoso pai e num instante estava novamente adormecida no banco. Despertou como de um lindo sonho e acordada permaneceu ali por horas, lembrando do pai e do quanto ele a protegia e dizia que ela deveria ser feliz. Pensou tambm no marido, nas noites infinitas que passava sozinha, nos filhos que pouco conviviam com o pai. Foi quando resolveu levantar-se e voltar para a casa.


Seu celular tocava insistentemente, era o marido que avisado pelos empregados da sua sada queria saber onde estava e porque havia sado sozinha. Vivi lhe respondeu que estava bem e que quando no se preocupasse com ela de agora para frente, porque a vida dela seria outra.


A partir de ento Vivi se matriculou na academia, voltou a caminhar todos os dias e comeou uma dieta com nutricionista. Em dois meses tinha retomado o peso de antes e estava linda como sempre. O marido passou a chegar mais cedo em casa e a querer ir caminhar com ela, mas ela se recusava, dizia que pretendia ir sozinha, agora era ela que queria ser sozinha. Por varias vezes percebeu o motorista a seguindo e vigiando de longe, no se importava, queria apenas estar s.


Cinco meses aps chamou o marido para conversar, pediu que ele chegasse mais cedo naquele dia que ela queria falar com ele e o marido estranhando o seu comportamento chegou ainda antes do combinado.

Vivi lhe contou que no era mais feliz ao seu lado e que sabia da ultima secretria (e de todas as anteriores), falou que ela queria ir embora e que iria procurar um advogado para fazer a separao. Foi ento que o marido lhe implorou perdo, dizendo que a amava e que no queria se separar, que amava a famlia e que pretendia mudar.


Vivi resolveu lhe dar uma nica chance e explicou que daquele momento para frente tudo seria diferente, ela iria se inteirar dos negcios da famlia e passaria a trabalhar na empresa, disse-lhe que mandasse a secretria embora e avisou que ela supervisionaria a distancia os acontecimentos para s depois de um tempo, voltarem a falar novamente sobre a separao.


O marido ento comeou a chegar mais cedo em casa e j no saia a negcio todos os dias da semana e a levava sempre que podiam. Vivi tambm comeou a se inteirar dos negcios da empresa e a frequentar as reunies e tomar decises importantes.


Amei contar esta HISTRIA SOBRENATURAL, por ver o quanto essa mulher conseguiu se melhorar, o quanto superou medos e por mais que no soubesse se daria certo, foi muito ?decidida? ao dar uma chance ao casamento.


Quantas de ns perdemos a oportunidade de sermos felizes por orgulho, porque acreditamos que o caminho partir e recomear. Essa mulher forte que me contou a sua histria nem de longe me lembrou a mulher frgil de antes, me pareceu feliz com a deciso e conta que voltou a se relacionar bem com o marido e a viver coisas incrveis com ele. Vivi conta que entende que a culpa pelo distanciamento (que certamente teria acabado com o casamento) no foi s do marido, reconhece que ela tambm se afastou, disse que achava mais cmodo no se envolver nos negcios e que no gostava das pessoas que o rodeavam, nem das baladas que ele gostava, no bebia, era contida no sexo, engordou muito e mesmo assim o marido ficou ao seu lado e no quis se separar.


Hoje ela diz que feliz e que ao ver que seus filhos convivem com um pai que os ama entende que foi a melhor escolha. De vez em quando ela se lembra do senhor que a abraou e que tinha a voz do seu pai e sente-se abraado pelo pai, que mesmo sabendo de sua felicidade no a aconselhou a partir, mas to somente a voltar a ser feliz.


Obrigada Vivi por ter contado a sua histria aqui no quadro HISTRIA SOBRENATURAL. Eu selecionei a sua histria para contar porque vi nela o quanto podemos ajudar outras pessoas a interpretarem os sinais que a vida nos envia.


Para refletir: as vezes a gente critica quem suporta tantas traies, em geral o normal uma hora o casamento acabar. Mas a gente quase no v situaes em que a mulher decide ficar e mudar a sua histria, dar a volta por cima como Vivi deu. Isso vale para quem vai e desiste de tentar e tambm para quem fica e no consegue mudar a situao. VIVI FICOU COMO NICA ALTERNATIVA E FOI FELIZ NA SUA ESCOLHA, TALVEZ TENHA SIDO PORQUE ESTAVA DECIDIDA A IR PARA SEMPRE SE NO DESSE CERTO. MAS ELA NO FICOU PARADA, ASSUMIU UMA MUDANA NTIMA E NO FICOU ESPERANDO S O OUTRO MUDAR, SE PROPS A MUDAR DE VIDA E MUDOU A SUA HISTRIA. PENSE NISSO.