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O conselheiro pediu para te avisar que a partir de agora você não é mais chefe do protocolo...

...E sua mesa já está ocupada.

Essas foram às palavras exatas que ouvi no momento em que estava sendo exonerada de um cargo onde me dediquei arduamente para oferecer o melhor de mim em meu trabalho.
 
E por causa dessa minha mania de fazer o meu melhor, de ganhar mais importância do que devia, foi o ápice do desagrado para algumas pessoas com o “Poder” de “MANDAR”.
 
No qual a única intenção deles, era retroceder todo o avanço que havia sido alcançado para tornar o processo “nada técnico” como já era feito no modelo tradicional anterior.
 
Os jurisdicionados tinham outras autoridades para buscar auxilio e o processo de educação dos órgãos para o envio correto documentação já havia sido concretizado, então, logo era preciso tirar a chefe de protocolo de evidência do cargo e “retomar a normalidade”.
Então eu fui exonerada da chefia.
 
Chegar até aqui para a menina tímida, pobre, filha de pais separados (que perdeu o pai duas vezes, quando ele se foi para nunca mais retornar e quando ele morreu “de verdade”), realizando meus sonhos de infância, vendo meu trabalho como escritora “acontecer”, faz com que todas as dificuldades vivenciadas ao longo dos meus 46 anos, tenha valido “muito” a pena.
 
Ainda muito jovem eu fui chefe no setor de triagem do Tribunal de Contas/MS por longos anos (um setor de pouca importância), mas eu consegui transformá-lo num setor de expressão, me dediquei a torná-lo mais técnico. Depois trabalhei na análise de processos também por muitos anos, na carreira de controle externo.
 
A vida seguiu, eu me separei, fiz direito e finalmente realizei meu PRIMEIRO SONHO, onde fui conduzida pelo “destino” pelo gosto por “licitações”.
Participei da edição da primeira Instrução Normativa do Tribunal de Contas /MS que materializava os normativos de licitações na IN 35/2011. Posteriormente me tornei chefe do setor jurídico da 3ª inspetoria e depois chefe do setor de protocolo (a minha primeira chefia foi no setor de triagem, dentro do Protocolo), portanto, estava de volta ao meu setor de origem e a história do setor de pouca importância se repetiu, mas eu novamente dei um jeitinho de transformá-lo em um dos setores mais importantes do Tribunal, agora na era da tecnologia.
Transformei processos que eram digitalizados sem nenhuma ordem (como vinham dos órgãos), em peças eletrônicas que tinham que coincidir com as peças exigidas em nossa legislação e devolvia os documentos à origem quando vinham incompletos.
 
Só assim os órgãos aprenderam respeitar a nossa legislação.

Nesta fase participei do grupo técnico que consolidou as várias legislações que regulamentavam as remessas, no Manual de Peças Obrigatórias do Tribunal, Resolução 54/2016 e depois na Resolução 88/2018.

 
Também me tornei instrutora da nossa Escola de Controle Externo para capacitar os órgãos sobre nossa legislação e depois sobre o sistema de remessa que passaria a ser eletrônico. 
 
Participei de inúmeras reuniões técnicas para instrução dos jurisdicionados, abri portas para um Tribunal orientador, ultrapassando as barreiras do preconceito de muitos colegas que confundiam a função pedagógica, com assessoria.
 
Atualmente estou lotada na consultoria jurídica da presidência do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul.
Precisei contar a minha trajetória profissional para justificar minhas razões de estar aqui.
 
Explico que eu se eu não tivesse sido exonerada do protocolo (no qual eu colocava acima da minha própria família) e cuja minha dedicação rendeu uma dispensa “inesquecível”, eu não teria tido a coragem de encarar a realização do meu sonho de infância, o de ser escritora.
 
Foi nesse momento, quando o meu chão caiu, que eu tive que buscar uma alternativa, um projeto que me tirasse da sensação de desgosto que eu me vi (e quem me conhece sabe o quanto eu tornei o protocolo “parte de mim”), foi quando me lembrei do tempo que me faltava para a escrita e resolvi aproveitar o aprendizado adquirido para escrever.
 
Aproveitei a oportunidade para me dedicar também à carreira de instrutora autônoma.
 
Hoje ministro cursos online e presencial, e praticamente parei de advogar para me dedicar à função pedagógica que simplesmente “adoro”.
Retomei minhas funções de mãe e esposa que por minha única culpa ficaram prejudicadas por tantos anos.
 
Mesmo publicando livros físicos e e-books jurídicos, me faltava realizar o sonho de infância (porque uma criança que fala sozinha e inventa músicas ainda mora em mim), e não temos sonhos infantis de sermos escritores “de livros jurídicos”.

Por isso resolvi escrever sobre todas as coisas, sobre fantasias, sobre a visão que temos do mundo fora das formalidades cotidianas, sobre quem somos depois dos expedientes corridos e da vida dura, sobre as conquistas da maturidade que nos desprende de certos medos...
Aqui se inicia a minha trajetória como escritora de romances, para contar as estórias de todos os personagens que existem em mim, no meu universo secreto que todo escritor guarda em si...
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